Desde 2009, a diretora artística e coreógrafa portuguesa Joana Castro lida com a morte na vida pessoal de uma forma muito próxima e constante, e inevitavelmente ideias como o luto, a decadência, a destruição, a falha e os rituais de fim têm atravessado as suas criações.

Este projeto parte do negro enquanto matéria-prima. A escuridão como fonte, que deu origem a tudo. Como um manto que nos cobre, como leito e regeneração. O negro como potência transformadora, de um espaço que não só absorve, mas que também se abre à luz.

Entre o espanto e o adormecimento, estes corpos são matéria e memória, presenças fantasmagóricas que deambulam entre evocações e assombros, risos e choros, erotismos e violências, numa evasão constante de si próprios.

A morte não é estanque, antes mutável. Cada matéria se transforma, encontrando um novo início no seu fim. A dança, como a vida, é efémera. Mas Darktraces intenta a eternidade, numa suspensão de uma inspiração, na repetição de movimentos ou permanência em estados.

E no fim, o que permanece?

Estreado em abril no Festival Dias da Dança (DDD), no Porto, dentro do eixo Corpo+Cidade, o trabalho é apresentado na Bienal em conjunto com 131 OUT, de Sara Marasso e Stefano Risso (Portugal/Itália).

FICHA TÉCNICA COMPLETA
Concepção e direção artística: Joana Castro
Performers: Ana Rita Xavier, André Mendes, Maurícia Neves e Thamiris Carvalho
Figurinos e caracterização: Joana Castro (a partir de figurino e caracterização de Silvana Ivaldi em RITE OF DECAY)
Realização: Joana Castro e Miguel De
Edição de vídeo: Miguel De
Som: Joana Castro
Operação de câmera: a-tundra
Apoio à criação e residências artísticas: Reitoria da Universidade do Porto, Visões Úteis e Maus Hábitos
Bolsa de criação: Balleteatro
Agradecimentos: Daniel Pires

PARCERIA E APOIO
Apoio Institucional DDD – Festival Dias da Dança (Portugal)

SITE/REDE SOCIAL
joanacastrofficial.blogspot.com
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